Me empolguei com a culinária indígena e decidi pesquisar mais um pouco sobre as heranças culinária indígenas para facilitar o estudo da comida da região norte. Na internet realmente há algumas coisas, mas o livro de Luís da Câmara Cascudo oferece uma boa base do que precisamos saber desta herança. Mesmo sendo um blog um meio de comunicação mais informal vou me valer dos rigores acadêmicos para citar o antropólogo da maneira que ele merece. A partir de agora, pensou em herança indígena, pode se embasar na seguinte citação:
Herdamos do indígena a base da nutrição popular, os complexos
alimentares da mandioca, do milho, da batata e do feijão, decisivos na
predileção cotidiana brasileira. ‘Acompanhantes’ indispensáveis. Ou
constituindo, sozinhos, a refeição humilde. [...] Devemos aos indígenas as
caças, peixes, crustáceos e moluscos que o português aprendeu a saborear, obter
e julgar inarredáveis do passadio normal no Brasil. Todos os nossos refrescos,
garapas, ‘geladas’, ‘ponches’, os cups
nacionais, com base em sumos de frutas, tiveram velocidade inicial nos vinhos
festivos indígenas, amansados com açúcar e gelo e dispensando a fermentação
inebriante. Deixou-nos a pimenta. Abóboras. Palmitos. Óleos vegetais. Fez,
quando o sol nascia na Ilha de Vera Cruz, o pirão, o mingau, o caldo de peixe.
Fundou com o beiju a dinastia dos bolos nacionais. [...] A carne assada no
moquém. O churrasco. Moqueca. Caruru.
(CASCUDO, 2004, p.156-57).
otimo
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