segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mais receitas portuguesas

Caldo Verde - 

Batata do reino grande - 1
Chouriço português - 0,075 gr
Cebola - 1/2 unid. ( brunoise )
Couve-manteiga - 2 folhas ( em fatias bem finas )
Sal - q/n
Pimenta do reino - q/n


Modo de Preparo: 

1- Descasque as batatas e corte em cubos. 
2- Corte as cebolas (brunoise) 
3- Faça um caldo de frango 
4- Coloque as batatas e a cebola para cozinhar no caldo de carne. 
5- Numa panela.coloque água, o suficiente para cobrir os chouriços, e ferva. Após 5 minutos de fervura, retire da água e corte em rodelas finas e reserve. 
6- Lave muito bem as folhas de couve sob água corrente. Corte em tiras bem fininhas. Despreze os talos. Reserve. 
7- Quando as batata estiverem macias amasse no caldo até obter um creme homogêneo. 



Sardinha na brasa -

Sardinhas frescas - 2 unid.
Batata do reino - 3 unid. 
Pimentão verde médio  - 1/2 unid.
Pimentão vermelho médio - 1/2 unid.
Tomates cerejas vermelho - 3 unid.
Cebola pequena - 1/2 unid. ( em rodela grossa )
Dente de alho - 2 unid.
Azeite de oliva - q/n
Vinagre branco - 1 cs 
Sal grosso - q/n
Pimenta do reino - q/n


Modo de Preparo:  

1- Escame e lave as sardinhas. 
2- Salpique com sal grosso e deixe por 1/2 hora 
3- Asse as batatas em papel de alumínio 
4- Lave rapidamente as sardinhas para retirar o sal grosso seque e coloque para grelhar. 
5- Grelhe as cebolas em rodelas e os dentes de alho com a casca. 
6- Grelhe rapidamente os tomates cereja. 
8- Corte as batatas e corte em rodelas. 
Sirva as sardinhas com pimentões batatas, cebolas, alho e tomates, regado azeite, vinagre, pimenta e sal.   




Pastéis de Belém - 

Massa folhada -  100 gr
Creme de leite ou nata fresca - 180 ml
Gemas - 3 unid.
Açúcar - 40 gr


Modo de Preparo: 

1- Corte a massa folhada e coloque nas formas. Fure o fundo com um garfo e reserve na geladeira; 
2- Passe as gemas por uma peneira para retirar a pele; 
3- Misture as gemas, o creme de leite ou nata e o açúcar e leve ao fogo em banho-maria até começar a engrossar; 
4- Deixe amornar e coloque uma colher (sobremesa) do preparado dentro de cada forminha. Leve ao forno, até ficarem cozidos e tostados. 
Obs: Pode ser servido frio ou morno.

PS: Enviadas por Ciça e postadas por mim. 

Pratos Angola

Me toquei que na home faltaram os pratos de Angola....


Caldinho de frutos do mar


Muamba de galinha

Guisado de polvo com batatas


PS: Obrigada ao colega Walmir por tirar as fotos da nossa bancada porque eu e Magno (os "fotógrafos oficiais") não fomos a esta aula. Eu vou fazer este polvo em casa. Soube que é de-li-ci-o-so!!!!!!!!  










Moçambique


 







Localização geográfica

Moçambique possui cerca de 2800 quilómetros de extensão, banhado pelo Oceano Índico. Possui praias cristalinas e riqueza sub-aquática compostas por variadas espécieis de animais, corais e ricos achados arqueológicos, testemunhando cruzamentos culturais. O seu potencial turístico estende-se pelo interior, com florestas e fauna bravia dos trópicos, rios, riachos, lagos e lagoas, aliado a natural simpatia das suas populações.

Assim, segundo o Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo em Moçambique, as atracções turísticas do país assentam na sua  linha de produtos, onde temos: Recursos Litorais e Marinhos, Recursos Naturais e Recursos Culturais.

A cultura
Litoral vasto com águas e praias tropicais e recursos marinhos de qualidade excepcional.

Produto baseado na natureza e fauna bravia.

Com uma identidade única na África Austral. O ‘sabor’ da cultura combinado pode ser no marketing, potenciando os produtos ‘azul’ e ‘verde’ e deve-se também desenvolver numa linha de productos especializados.

Maputo











Cenário paradisíaco
            Todo este texto acima encontrei no portal do governo de Moçambique. Um portal, diga-se a verdade, muito bem organizado. Parece que eles têm investido dinheiro para atrair turismo e investimentos. Há alguns anos o PIB de Moçambique é um dos que mais cresce no mundo. Parece muito promissor quando se pensa que o país era colônia portuguesa até a década de 70 e, assim como postei quando falei de Angola, passou por uma guerra civil por muitos anos (de 1977 a 1992), mas quando vamos para os índices de desenvolvimento realmente nos deparamos com os dados do país em desenvolvimento que ele ainda é. A taxa de natalidade do país é de mais de 5 filhos por mulher, o PIB per capta é um dos mais baixos do mundo e apesar de a educação básica ser obrigatória tem muita criança fora das escolas porque precisam ajudar as famílias a se sustentar.  
            A economia é agrícola. Entre os principais produtos estão: algodão, piri-piri, gergelim, amendoim, milho, cana de açúcar, castanha de caju, polpa do coco (copra) e mandioca e também do arroz. Li no site oficial que a partir de 2018 eles serão auto-suficientes em arroz.
Mbila chope
            Como atrativo Moçambique é um lugar interessantíssimo para visitar. A capital Maputo oferece certa estrutura, o clima ameno, há muito o que ser explorado como atrativo turístico (natureza belíssima), coisas interessantes para se ver na área artística como o trabalho do pintor  Malangatana Ngwenya e do escultor Alberto Chissano, além de danças e cantos tribais. O instrumento confeccionado pelo povo chopes – o mbila chope (um tipo de xilofone feito com casca de frutos silvestres) foi tombado pela Unesco como patrimônio immaterial da humanidade em 2006. A culinária como vimos em sala de aula tem muita influência portuguesa e até de produtos brasileiros (como a mandioca, levada pelo português) e também da Índia e China, devido à localização geográfica.
            Dentro da gastronomia destaco o que foi aprendido em sala de aula. Além da import6ancia do arroz, a do peixe (principal ingrediente) e a também grande utilização da carne de galinha. Entre as bebidas sucos de frutas, cervejas a partir do milho e também bebidas destiladas  - nipa katchulima.  


Arte moçambicana
Mulher e criança moçambicanos





Época da guerra civil - milhões de miseráveis

Pratos Moçambique

Chamuscas com chutney de manga

Camarão moçambicano com arroz

Receitas Angola e Moçambique

Polvo guisado com batatas - 

     Polvo - 700 gr
     Batata - 2 unid.  ( cortadas em cubos )
     Cebola - 1 unid. ( em rodelas )
     Cebola - 1/2 unid.  ( em brunoise )
     Óleo de amendoim - 2 cs
     Tomate - 1/2 ( brunoise )
     Sal - q/n
     Colorau - q/n
     Folha de louro - q/n


Modo de Preparo: 
1- Eviscerar o polvo, colocar em uma panela com as rodelas de cebola para amolecer.
2- Cortar o polvo em pedaços, reservar.
3- Refogar a cebola, o tomate, colocar o polvo, o colorau e o louro. 
4- Corrigir o sal. 
5- Colocar um pouco de água quente e a batata.



Muamba de galinha - ( também pode ser feito com peixe )

Coxa com sobrecoxa de frango - 1 unid.
Óleo de amendoim - 2 cs
Dente de alho - 1 ( picado )
Folha de louro - q/n
Sal - q/n
Limão - 1 ( brunoise )
Cebola pequena - 1 
Óleo de dendê - q/n
Pimenta Malagueta - q/n
Quiabos - 8 unid. ( cortadas ao meio )
Abóbora - 150 gr ( em macedoine ) 


Modo de Preparo: 
1- Corte o frango, tempere com óleo, alho , folha de louro, sal e limão. Reserve; 
2- Numa panela coloque o óleo de palma e refogue a cebola, assim que a cebola dourar, acrescente o frango e refogue bem. 
3- Coloque água suficiente para fazer pirão para acompanhar o prato. Quando o caldo começar a ferver , coloque a abóbora , a pimenta, e o quiabo. Deixe cozer. 
Servir com pirão feito do caldo.

Chuteney de manga -  
                         
         Manga não muito madura - 1 unid.
         Dente de alho - 1 unid.
         Pimenta Malagueta ( com semente ) - 1/2 unid.
         Gengibre em pó - 1/4
         Azeite de Oliva - 20 ml 
         Vinagre - 1/4 xícara

Modo de Preparo:  

Depois de descascadas e lavadas, corte as mangas em pedaços e leve-as ao fogo, cobertas com água, só até levantar fervura. Retire do fogo, escorra e coloque os pedaços de manga em frascos. Junte o alho, a pimenta-malagueta, o gengibre e o azeite. Cubra com o vinagre e deixe descansar e apurar por dois ou três dias.


                  
Chamuscas - 

         Peito de frango - 1/2 unid.
         Óleo se soja - 1 cs
         Cebola média - 1/2 unid. ( picada )
         Tomate - 1 unid.  ( picado ) 
         Gengibre - 1 cc ( ralado ) 
         Curry - 1 cc
         Garam Masala - 3 cc
         Pimenta Malagueta - 1/2 unid.
         Óleo de soja - q/n

Para a massa: 

          Farinha de trigo - 150 gr
          Sal - q/n
          Óleo de soja - 1 cs
          

Mode de preparo: 
   
  Para o recheio: 

1- Retire pele e ossos do frango, corte em cubos médios (+/- 1,5 cm). Tempere com sal, curry, gengibre e garam masala e pimenta malagueta, reserve.
2- Refogue a cebola, coloque o frango , deixe cozer em fogo baixo sem adicionar água. 
3- Deixe esfriar. 

  Para a massa:

1- Misture a farinha de trigo, o sal e o óleo, acrescente água até formar uma massa firme. 
2- Amasse até ficar macia. 
3- Abra a massa em uma superfície polvilhada com farinha de trigo. 

Para a montagem:
1 - Corte a massa em quadrados, coloque o recheio e feche em formato triangular. 
2 - Frite em óleo quente até ficar dourada. Coloque em papel toalha para absorver o óleo. 

 Obs: Caso queira, sirva com chuteney de manga.


                        Camarão Moçambicano:

Camarão - 300 gr ( sem casca e tratado )
Azeite de Oliva - 3 cs
Cebola média - 1 unid. ( picada )
Tomate grande - 1 unid. ( picado )
Colorau - 1/2 cc
Açafrão da terra - 1/2 cc
Cominho - 1/2 cc
Coentro em pó - 1 cc
Dente de alho - 1 unid. ( picado )
Sal - q/n
Leite de coco - 1 xícara
Coentro picadas - q/n
Arroz basmati - 100 gr
Amido de milho -  Se for necessário para engrossar o molho

Modo de Preparo: 

1- Numa frigideira grande esquente o azeite e frite ligeiramente o camarão. Reserve. 
2- Na mesma frigideira coloque as cebolas e os tomates e cozinhe por 1 minuto. Adicione então o colorau, o açafrão, o cominho, o coentro em pó, o alho e o sal. Espalhe o leite de coco sobre o refogado e deixe apurar, mexendo sempre para que não talhe. Se for necessário engrossar, adicione um pouco de amido de milho, levando ao fogo por mais 5 minutos, sem ferver, apenas para cozer a farinha. 
3- Coloque o molho sobre o camarão coloque o coentro picado por cima. 
4- O arroz deve ser feito só com água e sem sal. 

Material feito por Ciça e postado por mim :")

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Angola




Faculdade futurista
Região miserável








                          
As duas Angolas

Pesquisar sobre Angola é muito interessante porque se encontram duas Angolas muito diferentes - a do turismo com uma capital (Luanda) em obras, inclusive o aeroporto, hotéis, restaurantes e cassinos para todos os gostos e um interior cheio de locais de aventura com fauna e flora exuberantes. Realmente dá vontade de ir! Mas, aí lembramos do depoimento de brasileiros, principalmente engenheiros e profissionais da área da comunicação, que foram para Angola para cuidar, das já citadas, inúmeras construções e também dos sistemas de comunicação do país e surgem historias sobre problemas com a água e a comida e de comunidades estrangeiras que vivem isoladas em condomínios, esta Angola sim parece ser a que viveu mais de 20 anos de guerra civil, depois que conseguiu a tardia independência de Portugal na década de 70 do século passado. Imagine que o Brasil, outra colônia do mesmo país conseguiu a independência ainda no século XIX. 
Quem retrata esta última Angola sempre é categórico em dizer que mesmo com todas as adversidades os angolanos sempre mantiveram sua cultura de origem de línguas e religiões próprias, apesar da imposição do português como idioma oficial e da religião católica como predominante. 
Um dos fortes instrumentos de resistência angolana está na comida, com a utilização do óleo de palma e também de amendoim e de muitas folhas e alguns legumes, destaque para a abóbora e o quiabo, mas a base da culinária está no peixe, mariscos e também no frango com fubá (diferente do que nós conhecemos pela mesma palavra - aqui serve para designar um purê de milho ou mandioca). A muamba também é um prato típico, a base de galinha ou peixe, que merece destaque na culinária angolana. 




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

domingo, 20 de outubro de 2013

Receitas Portugal


Brandade  de  bacalhau  

Bacalhau   dessalgado  0,200 Kg  
Batata  0,200 Kg  
Cebola    0,080 Kg  
Alho   poró  0,040 Kg  
Azeite   de  oliva  70 ml  
Pimenta   branca  a  gosto    
Vinho   Branco  60 ml  
Creme   de   leite  60 ml  
Folha   de   louro  1 unid  
Sal a  gosto    
Alho 2 dentes  
Pimenta   doce  1  unid (picada) 
Pimenta  dedo  de  moça 1 unid  
Manteiga  0,012 Kg  
Salsa   picada  a  gosto    
Queijo   parmezon  0,020 kg  
     
Modo  de  Preparo:       
1.  Demolhe  o  bacalhau  com  espinhas  e  couro.  Leve  ao  fogo  com  as  folhas  de  louro  e    água    (pouca)  para  cozinhar  por  10  mim  após  levantar  fervura.  Desligue  o  fogo  e  deixe  o  bacalhau   esfriar  no  caldo.    Retire  o  couro  ,  as  espinhas  e  desfie  o  bacalhau  grosseiramente.  Reserve  
2.Escorra  e  leve  as  batatas  a  cozinhar  no  caldo  do  cozimento  do  bacalhau  até  ficar  em  ponto  de  purê,  se  tiver    líquido  escorra  e  amasse.  Reserve  
3.Leve  as  cebolas  picadas  com  o  alho  e  o  alho  poró  e  a  dedo  de  moça  inteira  ao  fogo  e  quando  estiver  mole  insira  o  bacalhau  e  regue  com  o  vinho,  inclua  a  pimenta  doce  picadinhas  e  a   pimenta   branca   moída.   Quando   ferver,   inclua   o  purê   de  batatas   e  o  creme   de  leite   e  deixe   ferver.     
4.Transfira  para  um  refratário  e  finalize  levando  ao  forno  com  pedacinhos  de  manteiga    e    o  queijo  por    cima.  até  dourar.  sirva  com  a  salsinha  picada  por  cima.

Bolinho de Bacalhau

Bacalhau  dessalgado  0,150 Kg  
Batata  0,150 Kg  
Cebola  0,060 Kg  
Ovo  1 unid  
Azeite  de  oliva  15 ml  
Pimenta  do  reino  a  gosto    
Salsa  picada  a  gosto    
Sal  a  gosto    
         
Modo  de  Preparo:  
1.  Refogue    a    cebola    no  azeite  de  oliva.   2.  Em  um  recipiente  ,  misture    a  batata,  o  bacalhau  ,  a  gema  de  ovo,  sal,  pimenta-­do ­reino,  salsinha  e  a  cebola  refogada.  Reserve  na  geladeira.  
3.  Modele  os  bolinhos  e  frite  em  óleo  quente.  Quando  retirar  do  óleo  escorrer  em  papel  toalha.

Rabanada

Pão  (vara)  3 fatias  
Leite  250 ml  
Açúcar  3 cs  
Ovos  2 unid  
Oleo  de  soja  
Canela a  gosto    
    
Modo  de  Preparo:  

1.  Misture  o  leite  e  2cs  de  açúcar.  Reserve.     2.  Bata  os  ovos  com  1  colheres  de  açúcar.  Reserve.     3.  Mergulhe  as  fatias  de  pão  no  leite  e  esprema-­as  para  retirar  o  excesso.    
4.  Passe-­as  nos  ovos  batidos  e  frite ­as  em  óleo.     5.  Escorra  em  papel  absorvente.     6.  Passe  as  rabanadas  no  açúcar  cristal  e  na  canela  de  ambos  os  lados.

Portugal









Confesso que na Europa Portugal é uma das cidades que ainda preciso conhecer. Já viajei de TAP, pisei em terras portuguesas, mas não saí do aeroporto. Enquanto isso Portugal vai se desenhando na minha cabeça pelos livros de História do Brasil que estudamos na escola, pela visita ao Passo Imperial de Petrópolis e as loucas histórias da nossa família imperial portuguesa, pelos poemas de Pessoa e de Caeiro (que eu considero ainda mais pessoa do que o próprio Pessoa), pela prosa de Saramago e de Margarida Rebelo Pinto pela minha obsessão pelos doces portugueses. Infelizmente  perdi a primeira aula de Portugal, mas estudando pelos apontamentos do professor vi duas coisas interessantes (uma eu já sabia e a outra não) a primeira é que Portugal tem um dos maiores consumos de peixes e frutos do mar per capta da Europa (60 Kg por ano) e que a doçaria portuguesa realmente é baseada em gema de ovo porque as freiras, grande número no país católico, destinavam as claras de ovo para engomar os hábitos. Para me redimir da minha falta na aula e não deixar o blog desatualizado vou me valer de dois recursos, primeiro vou me valer, mais uma vez, de um trecho da minha dissertação onde cito as influências da cultura alimentar portuguesa na cultura brasileira e depois vou usar aqui o texto de dois amigos um a filha de parentes que está morando em Portugal e fez um paralelo do que ela está achando da experiência e depois o texto de um conhecido português, que conhece muito o Brasil e a meu pedido fez algumas reflexões muito interessantes sobre a comida para o português, com alguns toques para nós brasileiros. Ambos os textos não receberam nenhum tipo de edição. Espero que gostem. São impressões muito legais que contribuíram muito para enriquecer este post. 


Doçaria portuguesa


1 - Trecho da dissertação de Larissa Ramos - Pitadinha de Dendê (todos os direitos reservados) 


Nas cartas dos representantes portugueses que estiveram em terras brasileiras durante o Brasil Colônia é evidente, nos primeiros tempos, a saudade das delícias e temperos do reino que não podiam ser bem armazenados durante as viagens, por uma impossibilidade tecnológica da época, e, posteriormente, também das diferenças climáticas que faziam muitos produtos da terrinha não se adequarem aos solos nacionais**. Segundo Guilherme Radel (2006), após o fim do primeiro século nas Américas, o poder de adaptação do português falou mais alto e, mesmo tendo trazido muito de seus hábitos e sua cozinha para abaixo da linha do Equador, a adequação à condição local foi grande.

Ao lado de trazer os ingredientes para funcionar suas cozinhas como se em Portugal estivessem, os portugueses fizeram várias adaptações em suas receitas e em suas ementas para aproveitar o que as terras baianas já ofereciam. Nas suas receitas passaram a adotar as folhas e as raízes da taioba, o broto da mandioca, os carás, o aipim, o maxixe, o coentro, a pimenta de cheiro, a pacova (banana da terra), a castanha de caju torrada, o amendoim, a goma da mandioca, a farinha da mandioca e o beiju. (RADEL, 2006, p.23).

            Foi através do português que a técnica de frigir alimentos, aprendida por eles com os árabes, e de adoçar e salgar ficaram conhecidas. Apesar de não ser um costume adotado no primeiro momento, devido a problemas com a plantação de trigo, o amor dos portugueses pelo pão, que aqui tiveram que substituir durante muito tempo pela ingestão de subprodutos da mandioca, parece ter chegado ao paladar dos brasileiros. Outras preciosidades vindas do reino, a exemplo do toucinho, linguiça, presunto, vinho, hortaliças, saladas, azeite e vinagre, foram rapidamente incorporadas ao gosto nacional e, segundo Câmara Cascudo, “o que não era brasileiro e vinha de Portugal tornou-se brasileiro pela continuidade do uso norma” (2004, p.242). 

Ele e outros autores também apontam o uso de ovo de galinha, principalmente para confecção da culinária doce, parte da alimentação que teve uma influência portuguesa ainda mais estreita. 

O português do século XV se alimentava de uma grande variedade de mariscos e peixes, entre eles a sardinha e o bacalhau, que foram substituídos por variedades da pesca local, como guarajubas e cavalas nos mares e surubins nos rios; além da paixão por embutidos; gordura animal; variedades de carnes de criação doméstica, herança do consumo nacional; caças, gosto que também precisou se adequar à realidade brasileira; e muitas frutas secas, diferentes das disponíveis no Brasil. Muito mais do que a base alimentar que precisou se adequar ao meio e também sofreu influência de outros povos, o que também é marcante no legado alimentar português são as regras de etiqueta, surgidas na França e compartilhadas com o resto da Europa, para só assim serem difundidas para todo o mundo ocidental. Trata-se do modo de servir, comer e se portar, que também reflete, marca e caracteriza o que foi trazido, apreendido e reelaborado para a cultura local, ao longo dos séculos, desde que os primeiros portugueses vieram se estabelecer no Brasil com o intuito de colonizar as novas terras.

** É Gilberto Freyre (1958) quem fala tanto do clima português, muito mais semelhante ao brasileiro do que o dos países ao norte da Europa, quanto da versatilidade dos próprios homens ibéricos acostumados a viagens e à adaptação a novas realidades durante a expansão marítima, o que o escritor pernambucano atribui à influência moura, que resultou da ocupação dos árabes e bérberes na região por muitos séculos.

Visão da Baixa Lisboa


2 - Depoimento de Luiza Campelo 

Tenho 14 anos e sou brasileira. Estou atualmente morando em Coimbra porque meus pais estão fazendo mestrado em direito. Sobre a comida portuguesa, posso dizer que é um pouco parecida com a do Brasil. Nós encontramos aqui quase todos os ingredientes da culinaria brasileira, pois existem semelhanças entre as duas. Os portugueses, aparentemente, valorizam uma alimentação variada e balanceada, já que tomamos sopa duas vezes ao dia: ao almoço e ao jantar. Como segundo prato, temos a proteina acompanhada de batatas e como sobremesa uma porção de fruta. O prato mais apreciado por eles é o bacalhau. Os que eu mais gosto são o bacalhau a brás e o com natas. O vinho portugues também é muito conhecido. Para terminar não posso esquecer de falar dos deliciosos doces portugueses como o pastel de natas, o pastel de Tentúgal e os ovos moles de Aveiro entre outros.

As tranvias de Lisboa











3 - Depoimento de Manuel Pereira

Vamos primeiro então falar sobre a questão do pastel de belém, e desmistificar o mito que tudo é pastel de Belém. Esse é o meior erro que muitos Brasileiros cometem.
Pastel de belém só existe num lugar chamado por sinal pasteis de belem. O bolo é chamado de pastel de natal, e pode comprar em qualquer lugar do pais, sendo que em lisboa são os melhores pois o bolo é da região de Lisboa, para mim o melhor é o de uma nova pastelaria chamada Nata Lisboa
A cozinha portuguesa é muito diferente de região para região, pode-se dizer que a unica coisa que nos une em termos culinarios como pais é o bacalhau é o azeite. O bacalhau porque comemos bacalhau com tudo e tudo se come com bacalhau. Há até quem faça pizza de bacalhau. Verdade seja dita, até hoje não consegui encontar um produto que não se pudesse comer com bacalhau. em relação ao azeite, tudo leva azeite o azeite é tanto utilizado para cozinhar como para temprar comida e saladas, eu por exemplo não sei cozinhar sem azeite. Até para fritar um ovo eu usso azeite.
Mas podemos dividir a culinaria de portugal entre o norte e o sul. No norte a gastronimia é muito mais rica em produtos e pratos, pois existem bastantes mais produtos e variedades de vegetais no norte do pais. um exemplo disso são as sopas (sopa é prato fundamental na culinaria portuguesa, estão 40º à sombra e estamos a comer sopa ao almoço) No norte as sopa são mais ricas o caldo verde é uma sopa do norte leva couve galega batatas e enchidos. No a sopa mais tipica é a Açorda alenteja açorda alentejanaque é sómente uma mistura de coentros alho, depois é acompanhada com Pão e um ovo.
Em relação aos doces, são todos na base do açucar e dos ovos.  este pudim por exemplo leva 15 gemas
Tudo isto é sempre acompanhado com vinho, desde que me lembro que há sempre vinho em todas as casas a que vou. Aqui em portugal os vinhos são designados por regiao. O vinho verde é um vinho tipico da região do minho, e só é produzido nessa regiao, é um vinho de verão pois tem de ser bebido frio. Para mim o melhor é o murros de melgaço não há um local especifico para o beber geralmente bebemos em casa. Sei que o casal garcia é um vinho que se vende muito ai no brazil, mas ele não é o melhor e sei que ai é vendido a um preço exurbitante 10€ é simplemete absurdo essa garrafa custa cerca de 4€.
Uma nota em relação ao vinho. Isto de um portugues para Brasileiros, o vinho tinto NUNCA MAS NUNCA SE BEBE FRIO, PARA BEBER VINHO TINTO FRIO BEBA SANGRIA ou então não o beba pois está a estragar o vinho. Pois o vinho perde as suas qualidades e sabor.  Se estão 40º beba vinho branco frio e sem gelo. Gelo no vinho é a mesma coisa que comer acarajá com ketchup. 

Vista da cidade do Porto

Vinhedos em Portugal